O Beco Literário, portal de conteúdo jovem, destaca obras que abordam de forma única e autêntica a complexidade do luto
No meio de tantas emoções enfrentadas, especialmente no pós-festas de janeiro, o sentimento de luto pode se intensificar, muitas vezes sendo minimizado por aqueles que não compreendem a singularidade desse processo para cada indivíduo. Pensando neste contexto, o Beco Literário, portal de conteúdo jovem com mais de 5 milhões de visitas no mundo todo, destaca a literatura como uma ferramenta valiosa para enfrentar os desafios do luto.
“Em vez de clichês reconfortantes, esses livros jogam luz sobre a complexidade das emoções enfrentadas durante o processo de luto, nas mais variadas crenças e nos mais diversos pontos de vista”, explica Gabu Camacho, editor do Beco Literário. Os livros tem o poder de promover uma compreensão mais profunda da natureza humana diante da perda. Por isso, mesmo com o final de janeiro, dedicado à saúde mental, o portal acredita na importância de abordar o luto de forma franca e inclusiva ao longo de todo o ano.
Nessa jornada íntima e por vezes solitária, o Beco Literário separou três livros que podem ajudar para aqueles que buscam elaborar melhor a dor da perda e os sentimentos do luto, confira:
1) VIOLETAS NA JANELA, VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO – PELO ESPÍRITO PATRÍCIA
Patrícia desencarnou aos dezenove anos. No mundo dos espíritos, recorda que despertou tranquilamente no plano espiritual, sentindo-se entre amigos. Feliz com a acolhida, adaptou-se à nova vida auxiliada por espíritos benfeitores que a receberam na Colônia São Sebastião. Em Violetas na janela, Patrícia explica o que é a desencarnação. Descreve as belezas do plano espiritual, onde não faltam trabalho, estudo e diversão. No início, estava cheia de dúvidas… Do que se alimentaria? O que vestiria? Sentiria as mesmas necessidades? Enfrentaria o calor, o frio? Aos poucos, tudo se esclareceu ao conviver com outros jovens desencarnados. Conheça o outro lado da vida: entenda como devemos proceder diante da morte de um ente querido – o que fazer para superar a separação e confortar aquele que partiu. Patrícia exemplifica a lição, relembrando a inesquecível ajuda que recebeu de familiares espíritas. (Editora: Petit Editora | 174 páginas | Onde encontrar: Amazon | Saiba mais: Beco Literário)
2) ESTOU FELIZ QUE MINHA MÃE MORREU, JENNETTE MCCURDY
Um comovente e hilário livro de memórias da estrela Jennette McCurdy sobre suas lutas como ex-atriz infantil – incluindo distúrbios alimentares, vícios e o complicado relacionamento com sua mãe autoritária – e como retomou o controle de sua vida. Jennette McCurdy tinha seis anos quando realizou seu primeiro teste para atriz. O sonho de sua mãe era que sua única filha se tornasse uma estrela, e Jennette faria qualquer coisa para deixá-la feliz. Então obedeceu ao que a mãe chamava de “restrição calórica”, comendo pouco e pesando-se cinco vezes por dia. Também sofreu extensos procedimentos estéticos “caseiros”, como na passagem onde a mãe insistia que Jennette tingisse os cílios: “Seus cílios são invisíveis, sabia? Você acha que a Dakota Fanning não pinta os dela?” Jennette chegou ao cúmulo de ser banhada pela mãe até os dezesseis anos, além de ser forçada a mostrar o conteúdo de seus diários e e-mails e compartilhar toda a sua renda. Em Estou Feliz que Minha Mãe Morreu, Jennette narra tudo isso em detalhes – assim como o que acontece quando o sonho finalmente se torna realidade. Lançada em uma nova série da Nickelodeon chamada iCarly, ela foi impelida à fama. Embora sua mãe estivesse em êxtase, enviando e-mails aos moderadores do fã-clube e tratando os paparazzi pelo primeiro nome (“Oi, Gale!”), Jennette sentia muita ansiedade, vergonha e autoaversão, que se manifestavam na forma de distúrbios alimentares, vícios e uma série de relacionamentos tóxicos. Tais problemas só pioraram quando, logo após assumir a liderança no spin-off de iCarly, Sam & Cat, ao lado de Ariana Grande, sua mãe veio a falecer de câncer. Finalmente, depois de descobrir a terapia e parar de atuar, Jennette embarcou na recuperação e passou a decidir, pela primeira vez na vida, o que realmente queria. Narrada com franqueza e humor ácido, Estou Feliz que Minha Mãe Morreu é uma história inspiradora de resiliência, independência e a alegria de poder lavar o próprio cabelo. (Editora: nVersos | 376 páginas | Onde encontrar: Amazon | Saiba mais: Beco Literário)
3) CONFISSÕES DO CREMATÓRIO, CAITLIN DOUGHTY
É a única certeza da vida. Então, por que evitamos tanto falar sobre ela? A morte é inevitável, sentimos muito. Mas pelo menos, como descobriu Caitlin Doughty, ficar a sete palmos do chão ainda é uma opção. ”Confissões do Crematório” reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, Caitlin Doughty desmistifica a morte para si e para seus leitores. O livro de Caitlin – criadora da websérie Ask a Mortician e da – levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira honesta, inteligente e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma benção, é apenas uma forma profunda de terror”. Caitlin Doughty é agente funerária, escritora e mantém um canal no YouTube onde fala com bom humor sobre a morte e as práticas da indústria funerária. É criadora da websérie Ask a Mortician, fundadora do grupo The Order of the Good Death (que une profissionais, acadêmicos e artistas para falar sobre a mortalidade) e também autora de Confissões do Crematório. (Editora: Darkside Books | 233 páginas | Onde encontrar: Amazon | Saiba mais: Beco Literário)