A empresa comemorou 55 anos de fundação dia 19 de agosto, e muitos de seus pioneiros seguem o legado em ações realizadas pelo INVOZ
Nestes 55 anos de história, um ponto em comum tanto para os pioneiros quanto para os que hoje fazem parte do time da empresa é o reconhecimento da Embraer como resultado da determinação de visionários que queriam e conseguiram transformar o impossível em realidade, constituindo um legado de cultura de excelência.
Para contar um pouco dessa experiência, quatro integrantes do INVOZ – Integrando Vozes para o Futuro, associação que tem entre os membros vários profissionais pioneiros da Embraer, falam sobre a excelência da empresa que testemunharam e sobre o potencial para um futuro ainda mais espetacular.
Emílio Matsuo atuou na Embraer de janeiro de 1978 a junho de 2016. Foi diretor de engenharia de desenvolvimento, vice-presidente de engenharia, vice-presidente executivo de tecnologia e vice-presidente e engenheiro chefe. Emílio gosta de reforçar que nunca fez nada sozinho, que todo o desenvolvimento nos seus setores deveu-se ao trabalho em equipe:
“Tudo foi feito em equipe, todos juntos por um único objetivo: desenvolver produtos e soluções com excelência. E sobre as expectativas para a Embraer, que preserve os valores, cultura aeronáutica de excelência, a coragem e determinação que a trouxeram até aqui, de modo a continuar fazendo a diferença para a sociedade e para o mundo”, relatou Emílio.
Em seus anos iniciais, a empresa já dava sinais de vanguarda e equidade. As mulheres que integravam o time fizeram a diferença e contribuíram inclusive para a expansão da Embraer na Europa. Izilda de Fátima Victor fez parte da Embraer de dezembro de 1982 a novembro de 2012. Foi analista e chefe de seção de Financiamento de Vendas, gerente financeiro, CFO no período de transição pós-privatização, CFO da ELEB – Embraer Liebher Equipamentos SA de 2005 a 2009, e CEO da Embraer Holding Portugal, onde foi responsável pela implantação das unidades fabris da Embraer em Évora.
“Participei ativamente no processo de privatização, negociei todos os contratos de exportação da ELEB e entre a Embraer e Liebher na separação da joint venture. Estive à frente de todas as negociações da Embraer para a implantação das duas fábricas em Évora, coordenando as ações de Recursos Humanos, Financeiras, Construção das fábricas e compras dos equipamentos. Ainda vejo muito potencial de crescimento para a empresa, acredito que será a maior desenvolvedora e produtora de veículos de transporte urbano aéreo, até 250 passageiros, em todas as modalidades, com inovação, altíssima tecnologia, sustentabilidade e excelência”, destacou Izilda.
Neide Pereira Pinto é outra pioneira com muita história para contar, tendo atuado de 1983 a 1996 como CLT e de 1996 a 2006 como PJ. Foram várias as experiências dentro da empresa, de secretária bilíngue na Divisão de Assistência Técnica a arquiteta na Assessoria de Comunicação e Engenharia de Fábrica de 1993 a 1996, e ainda, trabalhou na empresa terceirizada de arquitetura, bem como em parceria para a publicação de livros sobre personalidades do setor aeronáutico.
Neide destaca a preservação da cultura aeronáutica. “Como arquiteta, fiz o projeto e a implantação do primeiro Centro Histórico da Embraer em um espaço ao lado dos restaurantes, além do Parque Aeroespacial infanto-juvenil, um projeto da Embraer em parceria com o SESI Ozires Silva de São José dos Campos. Sobre o futuro, imagino a Embraer na vanguarda da tecnologia e com projetos e produtos que irão conquistar cada vez mais o mercado nacional e internacional”, pontuou Neide.
Outro pioneiro que contribuiu para o crescimento da Embraer foi Manoel de Oliveira, cuja carreira na empresa iniciou em 1986, no cargo de assistente do Diretor Financeiro e depois Gerente Financeiro. Em 1992, foi designado pelo Conselho da Embraer a exercer o cargo de Vice-Presidente Executivo de Finanças e coordenar o processo de privatização da companhia.
“Neste dia 19 de agosto comemoramos 55 anos de criação da Embraer; coincidentemente, um mês depois fui declarado aspirante a oficial pela Academia da Força Aérea e designado para estagiar com o Engenheiro Ozires Silva no Departamento de Aeronaves do então CTA. A Embraer nasceu nesse departamento como uma grande “startup”, com o objetivo de desenvolver um modelo de negócio baseado no avião Bandeirante, de forma que fosse escalável, disruptível e repetível. Nesses 55 anos a Embraer fez parte de minha vida profissional, quer quando atuei internamente ou externamente, como apoio da Força Aérea. Tive a oportunidade de vê-la nascer, crescer, prosperar, e quase morrer nos anos 1990, quando mais de 10 mil colaboradores tiveram de ser dispensados. Somente o gênio de liderança inquestionável de Ozires Silva poderia fazê-la renascer em 1994, com sua privatização. Hoje, olhando já com os olhos cansados de quem conviveu esses 55 anos com a companhia, posso afirmar, categoricamente, que a Embraer é uma empresa com alma e, como tal, imortal. E como alma, a cada ciclo de dificuldades se purifica e ressurge mais forte. Como alma, evolui sempre”, definiu Manoel.