Vender é ir além da meta: é transformar vidas, inclusive a sua
Com décadas de experiência no universo das vendas – de máquinas agrícolas a seguros e automóveis – Marco Ebling tem uma trajetória marcada por aprendizados reais, histórias humanas e lições que transcendem metas e comissões. Ele compartilha, nesta conversa, o que aprendeu ao longo do caminho e como enxerga a profissão de vendedor com propósito, ética e emoção.
1. Como sua trajetória pessoal influenciou sua visão sobre vendas?
Minha trajetória começou cedo, vendendo implementos agrícolas no interior do Mato Grosso. Peguei muita estrada de terra, atolei na seca e na chuva, e aprendi que vender é mais sobre ouvir e entender as pessoas do que empurrar um produto. Vendas se faz com empatia, mesmo quando se está atolado, literalmente.
2. O que é, na prática, a “Jornada do Cliente” e por que ela importa tanto?
A Jornada do Cliente começa depois que a venda é feita, quando o cliente começa a usar o produto e muitas vezes está sozinho. É nesse momento que criamos ou destruímos um relacionamento. Vendedor que acompanha o cliente mesmo após a compra mostra que se importa e constrói confiança para o longo prazo.
3. O que diferencia uma venda eficaz de um simples ato de vender?
Venda eficaz é aquela que entrega o que o cliente realmente precisa, e não o que o vendedor quer empurrar. Não adianta bater meta vendendo um carro esportivo para quem tem três filhos e precisa de espaço. Ética e moral devem guiar cada negociação.
4. Como manter um bom relacionamento com o cliente em um mercado tão competitivo?
Seja como uma garrafa térmica: mantenha a temperatura emocional estável. Ouça com atenção, trate com respeito e crie conexão verdadeira. Palavras gentis, entusiasmo e atenção aos detalhes fazem toda a diferença.
5. O que a neuroplasticidade tem a ver com ser um bom vendedor?
Tudo. Neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se adaptar, e o bom vendedor precisa disso o tempo todo. Novos desafios, novos clientes, novas abordagens. Quem pára de aprender e se atualizar, perde o ritmo do mercado. Vender é também exercitar o cérebro.
Instagram @marcoebling
Por Maristela Brittes
Colunista