Grupo de Teatro de São José dos Campos se apresenta em festivais na Rússia, em junho

Cia Teatro da Cidade levará o espetáculo “A Dócil”, inspirado na obra de Dostoievski, para festivais das cidades de Moscou e Kazan, além de duas apresentações na cidade Voronezh

A Cia Teatro da Cidade de São José dos Campos, que completa este ano 35 anos de existência, participa, no mês de junho, com o espetáculo “A Dócil”, inspirada na obra do escritor russo Dostoievski, do XVII Chekhov Festival, em Moscou, e no International Theatre Festival Nauruz, em Kazan. Também fará outras duas apresentações na cidade de Voronezh.

Para tornar a viagem possível, a Companhia está lançado uma campanha para arrecadar verba para as despesas logísticas da viagem. Além disso, também realizará uma temporada em São José dos Campos, nos dias 19, 20 e 21 de abril, e nos dias 4, 8, 9, 10, 11, 24 e 25 de maio, sempre às 19h30, no CAC Walmor Chagas. Campanha vakinha e ingressos à venda pelo Sympla linktr.ee/ciateatrodacidade

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Ajude ” A Dócil” ir para Rússia – 35 anos Cia Teatro da Cidade. A Dócil | 19/04 às 19h30. A Dócil | 20/04 às 19h30
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Pioneirismo

É o primeiro grupo de teatro brasileiro que participa do Festival de Nauruz, em Kazan. O mesmo espetáculo já participou, em outubro de 2022, da 54ª. edição do Festival Internacional de Teatro de Manizales e no Festival Teatro e Música Comfama San Ignacio, em Medellín, na Colômbia.

A montagem, 22ª da companhia, foi realizada por meio do Edital ProAc 01/2020, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com o Laboratorio Escénico Univalle, de Cali, na Colômbia, e a FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP).

Ao propor uma nova encenação para A Dócil, a Cia Teatro da Cidade não só homenageia o legado de Dostoiévski, mas também reafirma o paradigma da formatação do trabalho do ator a partir da verticalização do papel social da atuação, uma vez que as obras do escritor russo são fendas para a descoberta da humanidade, impregnada de julgamentos, angústias e idealizações de poder.

A montagem fortalece a ideia de um trabalho que reside na força da universalidade, desfazendo as barreiras fronteiriças culturais com as parcerias com os encenadores Alejandro Puche (Colômbia) e Ma Zhenghong (China), a pesquisadora Elena Vássina (Rússia), responsável pela consultoria dramatúrgica, e o figurinista Nour Koeder (Síria).

De São José dos Campos, a montagem conta com Pitiu Bomfin (cenário e adereços), Beto Quadros (direção musical) e Claudio Mendel (assistência de direção e designer de luz). No elenco estão André Ravasco, Andreia Barros, Marco Antônio Barreto e Sarah Alice.

Sinopse

A obra mostra um penhorista de quarenta e um anos, dono de uma casa de penhores e que se vinga da sociedade por meio de seu ofício. Ele conhece uma adolescente de dezesseis anos, órfã e que atravessa uma situação difícil em sua casa. O penhorista, um Mefistófeles que se apresenta como salvador, cativa a Margarita com a sua posição conquistada. O fio narrativo explora as relações entre um carrasco e sua vítima.

Adaptada ao universo brasileiro, a montagem narra uma história que pode acontecer em qualquer bairro de nossas cidades. Uma história fantástica onde o pequeno poder se exerce de maneira impiedosa ante às pessoas dóceis, sobretudo àquelas que não tem a possibilidade de alcançar a independência econômica; um poder exercido de maneira silenciosa e asfixiante.

Assess

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