Presença dos povos indígenas na região do Alto Vale do Itajaí é tema de livro que será lançado em Florianópolis

”Alto Vale do Itajaí – o Vale dos Papagaios”, do artista plástico Guilherme Carlini Piazera, será lançado em 20 de junho, na Fundação Cultural BADESC; entrada é gratuita

 

A publicação ”Alto Vale do Itajaí – o Vale dos Papagaios”, que será lançada na quinta-feira, dia 20 de junho, a partir das 19h, na Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis, tem a intenção de mostrar o caminho que o imigrante alemão Francisco Frankenberger fez na região, principalmente na cidade de Laurentino, e destacar a influência dos povos indígenas, em especial os kaingangs e os xoklengs.

 

“Além de morar próximo ao rio onde era visitado frequentemente pelos barulhentos papagaios, Frankenberger decidiu escrever um diário entre os anos 1890 e 1900, revelando a sua vida descontraída na nova colônia, deixando para trás o frio e o pensamento alemão”, destaca Guilherme Carlini Piazera, que assina junto do engenheiro Juarez Inácio de Oliveira e da bióloga Taciane Lippel, a obra.

 

Piazera explica que para mostrar as belezas da região, o livro traz ilustrações, assinadas por ele, do rio Itajaí-Açú e dos afluentes que formam a região do Alto Vale do Itajaí, que foram baseadas em fotografias da bióloga e educadora ambiental Taciane Lippel.

 

A publicação independente é fruto de uma parceria entre Associação Ambientalista Pimentão e a Universidade Para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi). Com tiragem de 500 livros e distribuição gratuita, a obra teve um lançamento realizado no mês de março na Unidavi, em Rio do Sul.

 

“Diante da repercussão que o livro causou no lançamento regional, vimos a necessidade de levar a obra para o conhecimento de todos os catarinenses. E realizar o lançamento do livro na Fundação Cultural BADESC será uma oportunidade para que o conteúdo abordado no livro chegue em mais mãos e possa abrir diálogos e reflexões a respeito da nossa colonização e história”, compartilha Piazera.

 

Quem participar do evento na Fundação vai receber um livro, mas caso não consiga participar é possível solicitar no e-mail guilhermepiazera@hotmail.com. Neste caso, os custos do frete serão cobrados do leitor.

 

A Fundação Cultural BADESC fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis. Estão em exposição “9 Encontros” de Silvana Macêdo e “Não Há Mais Palavra” de Murilo Leal. A visitação gratuita pode ser feita de segunda a sexta, das 13h às 19h.

 

Sobre o autor

Guilherme Carlini Piazera, conhecido no meio artístico por Pique, é grafiteiro, artista plástico e arte-educador. Natural de Laurentino/SC, é o único grafiteiro de sua cidade, o que passa a ser um fato curioso. Tem envolvimento com arte desde criança, mas foi em 2013 que teve o primeiro contato com o graffiti e arte urbana. Interessou-se pelo estilo de letras do graffiti nova iorquino e pela cultura hip-hop, passando a usar essa expressão artística como ferramenta de socialização, educação e percepção da identidade no mundo.

 

Além de graffitis espalhados por diversas cidades de mais de 10 estados brasileiros, participa de projetos culturais com ligação na arte urbana, como oficinas de arte-educação em escolas e centros sociais e culturais e apresenta suas obras em exposições coletivas e individuais em galerias e museus. Já expôs nas cidades de Laurentino, Rio do Sul, Florianópolis e Curitiba/PR. Tem formação na Escola de Música e Belas Artes do Paraná no curso de Licenciatura em Artes Visuais.

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