O passado, o presente e o futuro do Boca Livre!  Quarteto chega a Floripa em junho.

 

Foto/ LEO AVERSA
 
O Quarteto volta a se reunir depois da separação em 2021 para lançar novo single, fazer shows, celebrar Grammy e trazer para as plataformas digitais dois álbuns clássicos.  Dia 21  de Junho o  Boca Livre se apresenta no Teatro Ademir Rosa (CIC) e os ingressos  já estão à venda na www.diskingressos.com.br , atração da Orth Produções.

“De forma inesperada, surpresa revelada:
Milagre, aparição
Vertigem ou miragem, esfinge na paisagem:
Atinge o coração”


Os primeiros versos da novíssima canção parecem trazer embutida a notícia que já corria à boca pequena, mas que agora é oficial. O que era vertigem, miragem para os fãs de música brasileira, tornou-se milagre, aparição. Eis a surpresa revelada:
o Boca Livre voltou!

A separação, ocorrida em 2021, causada evidentemente pelas confusões da pandemia e as discordâncias da vida brasileira nos últimos anos, mostrou-se apenas uma pequena interrupção na trajetória de 45 anos do grupo. A velha amizade e principalmente a harmonia – musical em geral e vocal em particular – venceram.

Aparentemente conformados, ao contrário dos fãs, com a definitiva separação, David Tygel, Lourenço Baeta, Maurício Maestro e Zé Renato começaram a receber, no entanto, sinais de que não era bem assim. O primeiro sinal foi no início do ano, quando
o Boca Livre ganhou o Grammy de melhor álbum de pop latino com “Pasieros”, no qual, a convite do compositor, interpretam a obra do panamenho Rubén Blades, disco gravado em 2011, mas lançado somente em 2022, trabalho atualíssimo que o grupo
não teve oportunidade sequer de divulgar. Atrasados por causa de um engarrafamento de limusines em Los Angeles, David Tygel e Zé Renato chegaram à cerimônia de premiação um pouco depois de Lourenço Baeta agradecer num inglês
assustado ao importantíssimo prêmio. Juntos, os três ligaram para Mauricio Maestro, que ficara no Brasil. Primeiro reencontro.

O segundo sinal foi a intenção do produtor original dos LPs, João Mário Linhares, de relançar nas plataformas digitais os dois primeiros – e míticos – discos do Boca. Ou seja, o destino estava a dizer que, sim, o Boca Livre tinha um presente a viver:
festejar, badalar, e até quem sabe levar para o palco um disco novo que ganhou o prêmio internacional mais importante da indústria musical. E tinha um passado para cuidar: trazer para o mundo digital o inaugural Boca Livre (1979), famoso como
fenômeno do disco independente que lançou o grupo e consagrou clássicos da música brasileira como “Quem tem a viola”, “Toada”, “Mistérios”, “Diana”, entre muitos outros; e o não menos importante “Bicicleta” (1980), com outros clássicos, e a
participação de ninguém menos do que Tom Jobim em duas faixas (“Correnteza” e “Saci”) e do percussionista Naná Vasconcelos.
 
Passado para cuidar, presente para viver. E o futuro? Foi escancarado justamente pela canção citada no início deste texto, “Rio grande”, música novíssima de Zé Renato e Nando Reis – a primeira de um Boca Livre com um integrante dos Titãs, como se os anos 80 se unissem numa canção – que logo na primeira reunião foi percebida como ideal para marcar o retorno do grupo à música. Ela é nova e original o suficiente, mas com sua harmonia calcada no violão com cordas soltas, espaço para viola, solos vocais  e aberturas de vozes, a temática da letra cheia de alusões à natureza que a faziam parecer também já um clássico do Boca Livre.

A volta aos shows ocorreu  e até um documentário sobre a trajetória do grupo,  da  premiada diretora Susanna Lira (de “Clara Estrela”, sobre Clara Nunes), completa as muitas ações que parecem querer compensar com sobras os anos de ausência do grupo. Fãs,  fiquem tranquilos, as canções de sucesso do Boca Livre  fazem parte do show.

SERVIÇO
 
Show “BOCA LIVRE” – Florianópolis
 
Data –  21 de junho – 21 horas
 
Teatro Ademir Rosa – CIC
 
Ingressos em  www.diskingressos.com.br
Foto/ LEO AVERSA

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