Entenda como a ferramenta pode beneficiar médico e paciente ao mesmo tempo
A implementação de Inteligência Artificial (IA) está sendo cada vez mais explorada a fim de aperfeiçoar diferentes áreas do conhecimento humano, e na medicina não seria diferente. Mais precisamente na oncologia, os avanços com esse recurso visam otimizar o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama (CM).
Prova disso é um estudo publicado em agosto deste ano pela revista The Lancet Oncology. A pesquisa, realizada com mais de 80 mil mulheres na Suécia, expõe que a utilização de IA no rastreamento de CM é preciso, eficiente e seguro. Constatou-se que a IA pode ajudar a reduzir a carga de trabalho de leitura da mamografia.
Segundo dados publicados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste, excluídos os tumores de pele não melanoma.
O uso da nova ferramenta tecnológica já pode ser encontrado em São José dos Campos- SP, em exames radiológicos como a mamografia. A clínica Tomovale é pioneira na região a usar a inteligência artificial como aliada do médico radiologista. Os médicos contam com o auxílio do programa de inteligência para identificar áreas de preocupação nos seios, com possíveis riscos de nódulos e cânceres.
“Ganham o médico e o paciente já que a IA eleva a performance dos profissionais e os pacientes recebem uma leitura mais precisa e detalhada dos exames”, explica Antonio Messias, diretor executivo da Tomovale.
Ele ainda explica que o diagnóstico precoce faz toda a diferença para o paciente e quanto mais medidas forem implementadas com este objetivo, maiores serão as chances de reduzir a mortalidade pela doença e as de ter respostas positivas diante o tratamento. “Diagnósticos tardios podem representar tratamentos agressivos, com resultados imprecisos e mais despesas médicas”, encerra.
Facilidade no diagnóstico
Na prática, a IA funcionará também como um instrumento de organização de filas de laudo, onde as imagens geradas já passarão por uma análise primária pela tecnologia e, assim, irá priorizar ao médico quais exames apresentam resultados suspeitos para que possam ser laudados mais rapidamente.
Em resumo, o uso da inteligência artificial irá beneficiar ambos os lados, tanto paciente quanto profissionais da área da saúde. Enquanto o paciente terá a possibilidade de um rastreamento mais preciso, um diagnóstico antecipado e um tratamento promissor; o profissional terá um reforço em seu desempenho, com menos indícios de falhas humanas que podem ser geradas diante o volume de atendimento, preocupações externas, complexidade do caso, entre outros.