Em época de incertezas econômicas, políticas e do chamado “risco Brasil” é cada vez maior o número de pessoas que tentam fazer o dinheiro render. O brasileiro aprendeu a investir nos últimos anos e o próximo passo está sendo buscar alternativas, no momento, o investimento em dólar é a alternativa que chama a atenção.
O assessor de investimentos Vinicius Zambroni, da Plátano Investimentos de São José dos Campos esclarece como funciona a dolarização dos investimentos e explica também como o valor do dólar faz parte do nosso dia a dia.
“Primeiro temos que entender que expor ou não os recursos financeiros aos riscos da variação cambial impactam a volatilidade da carteira. Para algumas pessoas esta estratégia pode ser interpretada como algo arriscado, mas na realidade é uma prática saudável e benéfica para uma carteira a longo prazo”, falou o assessor da Plátano.
Assumir novos riscos de maneira consciente é um fator importante para o investidor balancear seu portfólio. Uma das maneiras de se proteger das tão temidas oscilações do mercado local é a diversificação, que permite um melhor retorno dos investimentos, até mesmo em épocas de crise como a que vivemos atualmente.
Muitas pessoas costumam ter receio quando se diz em dolarizar os investimentos. Mas na realidade, a dolarização faz parte da nossa rotina e as pessoas não percebem – “Nós brasileiros, já vivemos expostos ao dólar, por exemplo quando pensamos em aluguel, ele é atrelado por meio do IGP-M e este índice, por conta da fórmula do cálculo, absorve muito a cotação do dólar. Outro ponto, é quando olhamos para os preços no mercado como arroz, feijão e óleo, é importante entender que todos estes itens da cesta básica sofrem com a alta do dólar. Pois, os produtores preferem exportar ao invés de vender no mercado nacional, contribuindo assim, para o aumento dos preços em mercado brasileiro”, exemplificou Vinicius.
Voltando para os investimentos é preciso entender que o risco cambial só será ruim se for desconhecido. O investidor tem que ter em mente o objetivo desse tipo de investimento e claro, respeitar o seu perfil investidor, sabendo que estes investimentos podem ser protegidos com o hedge cambial.
O investidor individual pode fazer o hedge por conta própria ou optar por comprar ativos já com o hedge. A maneira mais comum de se obter hedge por conta própria é via futuro de dólar.
“A diversificação internacional não necessariamente implica em exposição cambial, porque atualmente existem produtos que oferecem hedge. Ou seja, há uma oferta muito grande de ativos com e sem exposição cambial, via ETF ou Fundo de Investimento. Mesmo que o produto não seja “hedgeado” pelo gestor, o investidor poderá fazer o hedge por si próprio e mitigar o risco da moeda estrangeira. Fica a critério do investidor a escolha, de acordo com seu orçamento de risco e visão de mercado”, esclareceu o especialista.
Conheça algumas alternativas para dolarizar a carteira:
ETF – São Fundos de Índices, Exchange Traded Funs, com o objetivo de replicar a carteira e a rentabilidade de um determinado índice, como por exemplo do S&P 500 (onde estão as 500 maiores empresa listadas nas bolsas americanas NYSE e NASDAQ)
BDR – É a sigla para Brazilian Depositary Receipt, é um certificado emitido e negociado no Brasil, mas que representa as ações de uma empresa americana listada na bolsa, como por exemplo, na Nasdaq.
CONTRATO FUTURO – É um derivativo, padronizado e negociado na B3 (bolsa brasileira), onde um vendedor e um comprador se comprometem a negociar um ativo financeiro ou real em uma data futura, pode ser utilizado para proteção da carteira, como também para alavancar os investimentos.
FUNDO CAMBIAL – São tipos de fundos de investimentos que investem em ativos atrelados ao dólar ou a outras moedas estrangeiras, são indicados para proteger os recursos contra oscilações das moedas, como dólar e euro.
Fonte: Plátano Investimentos: Av. Cassiano Ricardo, 319, sala 2106. Ed. Pátio das Américas. Jardim Aquarius. (12)3322-8919. (@platanoinvestimentos).