5G: Os Impactos para as Empresas e para as Ações das Teles

 

 

 

O Leilão 5G realizado no começo deste mês promete uma revolução tecnológica para o Brasil. Os especialistas acompanham o passo a passo das empresas que adquiriram os lotes principais e avaliam os impactos para o setor e para as ações das telecomunicações.

A Claro levou o lote B1, de 80 MHz, por R$ 338 milhões. A Telefônica, dona da marca Vivo, ganhou o lote B2 por R$ 420 milhões. E a TIM conseguiu o lote B3 por R$ 351 milhões.

Para o economista e assessor de investimentos Gustavo Neves, da Plátano Investimentos de São José dos Campos, a pandemia do coronavírus pontuou ainda mais o quanto essa tecnologia está presente no dia a dia das pessoas e quanto estas empresas são valorizadas pelo mercado.

“Com o avanço da pandemia, ficou evidente o quanto somos dependentes da internet para todo tipo de funções no mercado de trabalho, tanto que empresas nos setores de tecnologia mesmo possuindo poucos funcionários chegam a valer mais que grandes corporações ligadas aos setores de commodities”, explicou Gustavo.

O mercado brasileiro tem se preparado para adotar a tecnologia 5G como parte de um grande plano do governo federal que visa ampliar e fornecer internet inclusive a comunidades do interior brasileiro. O Brasil durante décadas tem como seu principal ativo as commodities e para alguns especialistas, o principal motivo do país não conseguir progredir como um fornecedor de tecnologias é sua qualidade de rede de internet que ainda é considerada baixa em relação aos países desenvolvidos.

Além do avanço tecnológico com relação a qualidade e agilidade, o 5G proporcionará transformações na indústria e as operadoras ganharão novos tipos de clientes. Os ganhos poderão ser vistos também nas ações destas companhias.

“Hoje as principais empresas listadas em Bolsa que podem se aproveitar desse avanço do 5G no país são: a América Movil, controladora da Claro e a Telefônica, proprietária da Vivo e da Tim. Sendo que essas empresas possuem forte liquidez e não possuem aumento de alavancagem para pagar despesas decorrentes dessas compras”, explicou o assessor de investimentos da Plátano.

O setor das telecomunicações é resiliente. E o que chama a atenção para quem investe é o seguinte: com a chegada do 5G e com o desconto nos papéis destas empresas, nos últimos tempos por conta da volatilidade global do mercado, surge a possibilidade para quem está fora da Bolsa para entrar em companhias bem posicionadas. Por outro lado, o leilão impulsiona os papéis e quem já tem ações destas companhias não precisam se desfazer delas neste momento de transição.

De acordo com o ministério das comunicações as empresas terão até 31 de julho de 2022 para fornecerem o 5G nas capitais e Distrito Federal.

E com o avanço do 5G pelo país como mudaria a posição das empresas na Bolsa?

“O setor de teles tem muito a crescer na Bolsa Brasileira. Cada vez mais precisaremos de tecnologias para o sistema financeiro, para área educacional, para a área da saúde, para o setor agrícola e com isso, as empresas listadas na Bolsa para este segmento tende de aumentar”, analisou Gustavo Neves.

Fonte: Plátano Investimentos: Av. Cassiano Ricardo, 319, sala 2106. Ed. Pátio das Américas. Jardim Aquarius. (12)3322-8919. (@platanoinvestimentos).

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